MERCADÃO DE PARAIBUNA
O MERCADÃO de Paraibuna é palco de muitas
histórias desde sua construção no final do século XIX. Por muitas décadas foi o
centro comercial do município e local de encontro dos moradores para atualizar
notícias e bater papo.
Ali o produtor rural colocava seus
produtos para venda e obter uma renda própria. Ali se vendeu carne de porco,
´peixe, verduras, cereais, almoço, café, cachaça , cereais, ferramentas,
miudezas.
Era um galpão com diversas repartições
internas muitas em cercados de madeira, taboas de caixotes ou com as próprias
sacas de cereais que eram vendidos a granel..
Um dia por semana, um caminhão
leiteiro que servia a região do Ribeirão Branco, vinha lotado com cerca de 30 a
40 pessoas e passava primeiro pelo mercado para depois ir pra Usina Vigor
(latinio) entregar os latões de leite, conta Ailton Moraes, hoje o mais antigo
comerciante do mercado.
Dos outros bairros também vinham
mais gente para fazer compras no Mercado e encontrar amigos e parentes.
Já no final do século XX e inicio do
sec XXI, o movimento foi diminuindo paulatinamente, segundo Ailton e ele
explica porque. Na década de 1990 muita gente foi se dispondo a montar o
próprio negocio, a montar uma lojinha, um restaurante, um barzinho, etc e esses
novos comerciantes foram se espalhando pela cidade, criando mais opções para o
consumidor. Até mesmo em alguns bairros foram surgindo diversos tipos de
comercio, facilitando a vida dos moradores que, muitas vezes, não precisavam
mais ir até a cidade para fazer suas compras, tomar sua cachaça, bater papo.
O Mercadão foi construído em forma
de galpão, único nesse estilo no leste paulista e nessa forma ficou até fins da
década de 1970, e suas divisórias para cada comercio era num estilo simples
como dito acima. Somente alguns boxes situados encostados às paredes,
´principalmente restaurantes e bares, é que tinham um divisória e até balcões.
Em 1978/1979 foi executado uma
reforma com revisão de madeiramento, telhado e montagem de divisórias dos boxes
internos, na forma que está hoje..O telhado precisou da substituição de algumas
telhas.
À frente do mercado, onde hoje é uma praça,
também era ponto de venda e de encontro do homem caipira. A partir de 1993
voltou a ter uma feirinha de produtor rural, que funciona às quartas, sábados e
domingos. Os fundos do mercado também vem sendo revitalizado com produtores e
artes (, originados da Fundação Cultural).
Muitas histórias podem ser levantadas de lá
mas destaco que ali, no Galpão, década de 1920, foi o primeiro cinema da
cidade. Cinema mudo, com uma orquestra tocando durante o filme (Sr. Benedicto
Siqueira e Silva, músico, poeta, professor, farmacêutico, fez parte desse
grupo) com o detalhe de que os moradores que iam ao cinema, além de pagarem
ingresso ainda tinham que levar um banquinho ou cadeira para se sentar.
Hoje o mercadão mantem muito de suas
caracteristicas originais constituindo-se numa atração turística muito visitada
por brasileiros, argentinos, franceses, americanos e outras nacionalidades. Tem sido objeto de
muitas reportagens pela mídia regional e nacional por essas características bem
particulares.
jovifaria.