sexta-feira, 7 de abril de 2017

MERCADÃO DE PARAIBUNA
O MERCADÃO de Paraibuna é palco de muitas histórias desde sua construção no final do século XIX. Por muitas décadas foi o centro comercial do município e local de encontro dos moradores para atualizar notícias e bater papo.
            Ali o produtor rural colocava seus produtos para venda e obter uma renda própria. Ali se vendeu carne de porco, ´peixe, verduras, cereais, almoço, café, cachaça , cereais, ferramentas, miudezas.
Era um galpão com diversas repartições internas muitas em cercados de madeira, taboas de caixotes ou com as próprias sacas de cereais que eram vendidos a granel..
            Um dia por semana, um caminhão leiteiro que servia a região do Ribeirão Branco, vinha lotado com cerca de 30 a 40 pessoas e passava primeiro pelo mercado para depois ir pra Usina Vigor (latinio) entregar os latões de leite, conta Ailton Moraes, hoje o mais antigo comerciante do mercado.
            Dos outros bairros também vinham mais gente para fazer compras no Mercado e encontrar amigos e parentes.
            Já no final do século XX e inicio do sec XXI, o movimento foi diminuindo paulatinamente, segundo Ailton e ele explica porque. Na década de 1990 muita gente foi se dispondo a montar o próprio negocio, a montar uma lojinha, um restaurante, um barzinho, etc e esses novos comerciantes foram se espalhando pela cidade, criando mais opções para o consumidor. Até mesmo em alguns bairros foram surgindo diversos tipos de comercio, facilitando a vida dos moradores que, muitas vezes, não precisavam mais ir até a cidade para fazer suas compras, tomar sua cachaça, bater papo.
            O Mercadão foi construído em forma de galpão, único nesse estilo no leste paulista e nessa forma ficou até fins da década de 1970, e suas divisórias para cada comercio era num estilo simples como dito acima. Somente alguns boxes situados encostados às paredes, ´principalmente restaurantes e bares, é que tinham um divisória e até balcões.
            Em 1978/1979 foi executado uma reforma com revisão de madeiramento, telhado e montagem de divisórias dos boxes internos, na forma que está hoje..O telhado precisou da substituição de algumas telhas.
À frente do mercado, onde hoje é uma praça, também era ponto de venda e de encontro do homem caipira. A partir de 1993 voltou a ter uma feirinha de produtor rural, que funciona às quartas, sábados e domingos. Os fundos do mercado também vem sendo revitalizado com produtores e artes (, originados da Fundação Cultural).
Muitas histórias podem ser levantadas de lá mas destaco que ali, no Galpão, década de 1920, foi o primeiro cinema da cidade. Cinema mudo, com uma orquestra tocando durante o filme (Sr. Benedicto Siqueira e Silva, músico, poeta, professor, farmacêutico, fez parte desse grupo) com o detalhe de que os moradores que iam ao cinema, além de pagarem ingresso ainda tinham que levar um banquinho ou cadeira para se sentar.
Hoje o mercadão mantem muito de suas caracteristicas originais constituindo-se numa atração turística muito visitada por brasileiros, argentinos, franceses, americanos e  outras nacionalidades. Tem sido objeto de muitas reportagens pela mídia regional e nacional por essas características bem particulares.

                                                                                   jovifaria.